sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Um pequeno texto sobre a infoexclusão, espero que gostem.

Infoexclusão
O que é a Infoexclusão?
A infoexclusão define uma nova forma de exclusão nos países desenvolvidos, em que as dificuldades de acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) aumentam entre as pessoas com necessidades especiais ou em circunstâncias de maior vulnerabilidade.
Nesta perspectiva, entendemos que o conhecimento das novas tecnologias assume, em si mesmo, uma nova forma de inclusão social, e que se tornou imprescindível na adaptação à sociedade sob diferentes formas.
Por seu turno, consideramos que a aplicação de uma estratégia de crescimento e competitividade baseada no conhecimento, na tecnologia e na inovação, bem como, a estratégia de promoção do desenvolvimento social e do reforço da competitividade deve de ser baseada na qualificação, na qualidade do emprego e no acesso à informação.
Assim, apesar da crescente democratização dos suportes informáticos que facilitam o acesso à informação, verifica-se que determinadas pessoas – por serem idosos, emigrantes, detentores de deficiência física ou mental, iletrados e ou iletrados tecnológicos, com limitações económicas ou em situação social marginal – ficam de fora da actual sociedade digital.
Um dos novos requisitos do mercado de trabalho, que se pode transformar em factor de exclusão social, é o acesso às tecnologias de informação e comunicação e, nesse sentido, é inquestionável que a precariedade sócio-económica está relacionada com a fraca ou inexistente educação e qualificação profissional.
A Infoexclusão em Portugal (Dados Eurostat 2005)
Mais de metade da população portuguesa não tem as competências básicas para a utilização de um computador (53% da população nunca usou um computador), sendo um dos países com maior nível de iliteracia a nível europeu.
O nível de escolaridade da população é baixo e a percentagem da população sem acesso a formação profissional (interna ou externa) atinge os 70%.
A nova era da sociedade de informação é uma realidade em que apenas uma pequena percentagem da população tem acesso às novas tecnologias, em particular, à Internet.
Mais de metade dos Portugueses (54%) não têm quaisquer conhecimentos básicos de informática, constituindo uma das taxas mais elevadas da UE. Neste contexto, 22% têm conhecimentos de nível médio e apenas 13% têm conhecimentos elevados.
O número médio de computadores disponíveis nas escolas públicas é de 7,7% e com ligação à Internet é de 5,3%.
Em Portugal, dos 41,3% de agregados domésticos com computador, apenas 26,2% têm acesso à Internet. Na região de Lisboa, este valor sobe para 50,2% dos lares com computador e a ligação à Internet situa-se nos 33,4%.
Num universo de 3,4 milhões de utilizadores, cerca de 72% da população portuguesa não acede regularmente à Internet.
Quanto ao nível de escolaridade, 81% da população com formação educacional de nível superior utiliza regularmente a Internet, contra 77% da população com nível de escolaridade ao nível do secundário. A média de população com formação até ao 3º ciclo situa-se nos 16,4% e a taxa de utilização, por parte dos estudantes, sobe para os 94,5%.
Quanto à formação sobre utilização do computador, 84,6% da população afirma não ter qualquer formação tendo adquirido as competências por via da auto-aprendizagem, 83,5% recorreu à ajuda de colegas e amigos e apenas 51,3% obteve a sua formação com base em livros. Apenas 24,5 % dos portugueses frequentaram cursos de formação em informática há, pelo menos, mais de 3 anos.

Copiado do site:
http://www.ami.org.pt/default.asp?id=p1p211p215p340p364&l=1

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